Acupuntura: equilíbrio em prol do bem estar

Com muita honra e satisfação, aceitei o convite do Jornal da Cidade BH para contar um pouco sobre a trajetória de minha carreira. Respondi também, algumas perguntas relacionadas aos benefícios proporcionados pela acupuntura, porque resolvi deixar a pneumologia para ser especialista em acupunturam e o porque da decisão de trabalhar o público exclusivamente feminino e muito mais.

Espero que gostem. Um abraço.

Dr. Paulo de Tarso

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Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, o médico acupunturista Dr. Paulo de Tarso Amorim dedica-se ao atendimento médico clínico, pelo uso da acupuntura, há 17 anos. Especialista em Acupuntura pelo Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, atende com grande dedicação seus pacientes em sua clínica Integral Acupuntura Médica, na Savassi. É sócio-fundador e membro do Colégio Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

JORNAL DA CIDADE:  Como foi a escolha pela Medicina?

DR. PAULO DE TARSO AMORIM: A Medicina surgiu quando eu tinha 14 anos, mais ou menos no momento em que comecei a praticar o karatê, que é uma arte marcial, um caminho. A Medicina, em seu sentido maior, incluindo várias práticas de saúde e promoção de bem-estar, é um desdobramento natural desta arte.

JORNAL DA CIDADE: Fale sobre sua primeira especialização, a pneumologia.

DR. PAULO DE TARSO AMORIM: A pneumologia foi uma escolha feita no 5º ano de faculdade. A palavra pneumologia vem do grego “pneuma”, que significa espírito. Uma definição fantástica! Pulmão é um órgão oco, que você enche com algo que você não vê, e que, sem este algo, você não vive. O sentido de existência para a pessoa que sofre dos pulmões ganha uma força muito grande, pois insuficiência respiratória é algo que não pode esperar para ser tratada. Eu enriqueci meus conceitos de vida com estes pacientes.

JORNAL DA CIDADE: Como foi a decisão de abandonar a especialidade e se dedicar à acupuntura médica?

DR. PAULO DE TARSO AMORIM: Desde criança, eu já me interessava pelas coisas orientais. Meu pai era funcionário de uma empresa onde trabalhavam muitos japoneses. Pratiquei judô e tive contato com práticas de reanimação, manipulação vertebral e via senhores japoneses se tratando com agulhas. Associadamente à vivência com o karatê, tive contato com a acupuntura e o zen. Dentro da faculdade, me aproximei da técnica de acupuntura por meio de um colega, que dava um curso de especialização. Fiquei fascinado com a abordagem da medicina pela ótica oriental e prestei prova de título de especialista. Em seguida, estudei com descendentes de japoneses em São Paulo.

JORNAL DA CIDADE: Há quantos anos se dedica exclusivamente à acupuntura?

DR. PAULO DE TARSO AMORIM: O estudo sistemático da acupuntura começou em 1997. Mas, somente em 2004, passei a me dedicar exclusivamente à acupuntura.

JORNAL DA CIDADE:  Como surgiu o programa de cuidados para a saúde da mulher na fase do climatério?

DR. PAULO DE TARSO AMORIM: Analisando a frequência de atendimentos que fazia no consultório, percebi que havia um aumento importante do número de doenças e de um salto quantitativo da clientela feminina na faixa dos 35-40 anos. Existe, dentro da medicina chinesa, o conceito de fases da vida. É chamado de kuei celeste. Na mulher ocorre de sete em sete anos. Ao observar a idade em que as mulheres mais adoeciam, percebi que era no quinto kuei celeste. O climatério é apenas a ponta do iceberg em relação ao que ocorre energeticamente com a mulher. Para se ter uma ideia, existem cerca de oito situações energéticas que explicam o surgimento do climatério. O denominador comum é a queda da energia yin.

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JORNAL DA CIDADE: Isso significa que a maioria dos seus pacientes são mulheres?

DR. PAULO DE TARSO AMORIM: Hoje, 85% da minha clientela são mulheres. Por procurarem um método de saúde mais natural, elas observam que a acupuntura é um modelo sistêmico e holístico de tratamento. Sistêmico porque o sistema de meridianos e pontos de acupuntura age como uma rede energética, e holístico porque não podemos desmembrar o corpo humano para tratar apenas uma parte deste todo.

JORNAL DA CIDADE: Afinal, qual a contribuição da acupuntura?

DR. PAULO DE TARSO AMORIM: O médico acupunturista busca sempre um equilíbrio energético de seu paciente. Ele busca, a partir do sintoma, chegar à causa que levou a este desequilíbrio e procura rearranjar o equilíbrio de forças em prol do bem estar da pessoa. Hoje, fala-se muito em promoção de saúde e bem-estar. A acupuntura pode dar uma contribuição importante a este discurso. Um médico acupunturista bem treinado e com uma boa formação clínica pode fazer toda a diferença dentro de um sistema de saúde.

JORNAL DA CIDADE: Algumas pessoas têm receios em relação às agulhas. Como tranquilizar esse tipo de paciente?

DR. PAULO DE TARSO AMORIM: O acupunturista deve informar ao paciente que as agulhas são completamente diferentes. A agulha de acupuntura é mais fina e sua inserção estimula muito menos as terminações nervosas responsáveis pelo estímulo da dor. A ponta da agulha de injeção foi feita para cortar, enquanto a da agulha da acupuntura separa, e não corta os tecidos.

A agulha de injeção é rígida, já a agulha de acupuntura é extremamente flexível. Em casos selecionados, pode-se substituir a acupuntura corporal (sistêmica) pela acupuntura auricular, com a aplicação de sementes de mostarda, ou pelo laser.